10 de nov. de 2011

Palo Alto malbec


           Um vinho que deixa um gostinho de quero mais! Como aqui tem uma oferta muito grande de vinhos, cada dia tem um novo, confunde o paladar e cada vez é mais difícil achar um que marque a memória gustativa. Palo Alto Malbec Reserve é um deles, é desses vinhos que “enchem” a boca e importante: não “esvaziam” o bolso...


5 de nov. de 2011

Além de vinhos...


Para quem pretende visitar Buenos Aires, além de vinhos, tem uma loja muito legal aqui: Brooksfield, a marca italiana famosíssima, tem em Recoleta (Santa Fé, 1633) uma franquia com um tratamento diferenciado a brasileiros, que inclui translado e descontos especiais, e com um atendimento impecável. Isso por que os donos Rodolfo e Gabriel sempre estão no local. Vale a pena conferir!!
                                         http://www.summo.com.ar/brooksfield/

13 de out. de 2011

Por que tantos modelos de taças???


Assim como tem uma imensa variedade de vinhos, também tem um montão de tipos de taças. Frescura? Não! É técnica desenvolvida através de estudo, as taças foram desenvolvidas para conduzir o vinho para a boca e o nariz de maneira a realçar os aromas e sabores, atenuar ou exaltar as características do mesmo, o que influencia no resultado. Mais ou menos como a roupa valoriza (ou não) o corpo. Uma boa idéia é tomar o mesmo vinho em taças diferentes.
Como cada vinho possui características únicas dependendo da variedade, região, cor, maduração, etc. os expertos dizem que é necessário ter uma taça para cada tipo. A marca austríaca Riedel, por exemplo, possui cerca de 400 tipos e tamanhos de taças, uma para cada espécie de uva e/ou região do mundo. Para entender um pouquinho melhor de uma olhada no esquema das papilas gustativas:





     ESPUMANTES:


Há as taças específicas para vinhos espumantes, por exemplo, que são chamadas de "flautas", cujo bojo é fino e comprido - para que você possa apreciar as borbulhas subindo e também que o líquido vá primeiro para a ponta da língua, onde estão as papilas gustativas que sentem o doce. Como uma das características dos espumantes é a acidez, a aba (boca) da taça é estreita para que você sinta primeiro o doce e depois a acidez. Outro motivo é que os aromas dos espumantes são frutados, os mais voláteis, mais um motivo para a taça ser estreita e comprida; para que você sinta por mais tempo o aroma!


Mas também há taças de espumantes mais ou menos como as de Martini, que nossas mães ou avós tinham para tomar ponche, essas tem a aba bem grande que são para espumantes doces, que vai passar exatamente o contrário da flauta, você vai sentir primeiro a acidez assim o doce não fica enjoativo.



TINTOS:  


O vinho tinto precisa de espaço para respirar, pense que ele ficou “preso” na garrafa no mínimo um ano; e tem aromas e sabores muito intensos. Por isso, a taça tem corpo grande, fazendo com que se libere toda a sua potência. O formato também é ideal para que você possa mover a taça sem derramar o vinho, oxigenando e liberando assim todos os aromas. Por esse motivo, também é importante lembrar que ela deve apenas ser preenchida até um terço de sua capacidade. Existem dois tipos comuns de recipientes de vinho tinto: Bordeaux e Borgonha, taças batizadas com esses nomes por causa das famosas regiões produtoras da França.
As taças Bordeaux foram feitas para abrigar vinhos mais encorpados e ricos em tanino, feitos principalmente a partir da uva Cabernet Sauvignon. Elas possuem o bojo grande, mas têm a borda mais fechada para evitar a dispersão de aromas, concentrando- os. A aba fina direciona o vinho para a ponta da língua, permitindo que a untuosidade e os sabores frutados dominem antes que os taninos sejam direcionados para a parte de trás da boca. É indicada para Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah, Tannat, Malbec, entre outras uvas.




Os vinhos da Borgonha são mais complexos e concentrados, produzidos principalmente com a uva Pinot Noir. Portanto, as taças são em formato balão (ou seja, com bojo maior do que as Bordeaux) para que haja mais contato com o ar, o que permite que o buquê se libere mais rapidamente. Este recipiente foi feito para que o vinho explore muito o nariz. O formato direciona o fluxo acima da ponta e do centro da língua, diminuindo a acidez e acentuando as qualidades mais arredondadas e maduras do vinho. Além da Pinot Noir, também é ideal para que sejam apreciados vinhos Rioja tradicional, Barbera Barricato, Amarone, Nebbiolo etc.




BRANCOS:


As taças têm corpo menor do que as para vinho tinto por dois motivos. Primeiro, o vinho branco precisa ser consumido em temperaturas mais baixas e, portanto, em um recipiente menor, que permita menos trocas de calor com o ambiente. Segundo, porque precisa que sejam realçadas as notas de frutas. A aba estreita entrega o fluxo do vinho através das áreas da língua com equilíbrio entre doçura e acidez, crucial para os brancos.


Afinal, o que é necessário para apreciar um vinho corretamente??? É claro que não vamos ter essa imensa quantidade em casa! Se possível tenha uma Bordeaux para tintos, uma para brancos e outra para espumantes, transparentes para poder observar a cor e as borbulhas no caso dos espumantes e de cristal mais fino possível.









5 de out. de 2011

Zuccardi


Essa bodega considerada umas das melhores tem dois vinhos que eu adoro: Q Zuccardi Malbec, que em minha opinião é muito bom e ao mesmo tempo é estranho quando vou comprar ou quando  falam dele, o problema é que o nome da letra “Q” aqui é cu, então para nós brasileiros é muito esquisito pedir: por favor quero um cu malbec!!






O outro vinho que adorei foi o Emma bonarda 2009, delicioso!


26 de set. de 2011

Botrytis Nobre



Com certeza você já viu cachos de uva com alguns grãos assim. Isso é um fungo que ataca a casca da uva (em condições climáticas específicas) que consome a água do grão e como consequência aumenta o nível de açúcar e acidez da uva, também agrega componentes aromáticos particulares. São vinhos doces ideal para acompanhar queijos ou sobremesas.
É um vinho caro, porque o fungo não ataca todos os grãos, então a colheita tem que ser feita manualmente de grão em grão, literalmente. Um dos mais conhecidos desse processo é o Sauternes de Bordeaux, França. Eu provei um uruguaio: Vino Botrytis Noble, 2008, Familia Deicas. Muito bom doce sem ser enjoativo, muito equilibrado.


21 de set. de 2011

Andeluna

Ontem provei vinhos Andeluna da bodega de mesmo nome, de Tumpugato, Mendoza. Para ser bem sincera nunca tinha provado e também nunca me chamou a atenção nem a etiqueta e nem o nome. Por isso a cada dia confirmo que esse mundo do vinho é muito amplio e cada dia percebo como sei pouco sobre ele.
Provei Andeluna: Chardonay Reserva 2009, Merlot 2007, Cabernet Sauvignon 2009 e Malbec Reserva 2009. Todos muito bons, e a relação qualidade e preço excelente. Os que mais eu gostei foram: o chadonay e o malbec.


19 de set. de 2011

Enamore!!


Semana passada foi agitada, aqui teve a feira anual Vinos & Bodegas 2011, onde provei Enamore, um blend projetado entre duas bodegas: Renacer e Allegrini. Estruturado, frutado e com personalidade.


Dizem por aí...


Semana passada fui a uma degustação de Altos Las Hormigas, o bom das dedustações são as “charlas”, ou melhor, uma pequena palestra sobre o produto apresentado. Eu já tinha postado aqui Alto Las Hormigas, mas é interessante saber que a bodega é de um italiano Sr. Antonini, enólogo, que veio para Argentina, especificamente a Mendoza onde comprou mais ou menos 100 hectares de terra, plantou e voltou para a Itália, nesse interim as formigas atacaram o vinhedo quase destruindo tudo, daí o nome.
Também foi inovador, foi o primeiro na Argentina a usar a rolha sintética e negra, (além do rótulo amarelo) o que provocou devoluções das garrafas porque quando os garçons abriam pensavam que o vinho estava estragado, eles tiveram que recolher as garrafas do mercado e dar cursos de capacitação as pessoas encarregadas de vender e servir os vinhos. E em 2002 foi o primeiro vinho argentino a figurar entre os 100 melhores do mundo pelo Wine Spectator (revista americana).
Volto a postar aqui porque mudou a etiqueta e tive o privilégio de provar o Alto Las Hormigas Reserva 2008, delicioso, encorpado sem perder as características do malbec. As etiquetas mudaram, aqui estão as novas:




15 de set. de 2011

Breve comentário ...


É interessante saber que nos anos 70 a Argentina consumia todo o vinho que produzia e mais 70% da produção era de vinho branco; a partir dos anos 80 baixou o consumo interno e é claro, sobrava vinho. A solução? Exportar, mas tinham que se adequar ao mercado externo, o vinho branco produzido aqui não era suficiente bom (na época) e também não tinha uma identidade própria ou estilo. Aproveitaram então a boa adaptação aqui do Malbec que acabou ficando como variedade símbolo, assim como cabernet sauvignon do Chile. Coincidiu também com a vinda de enólogos e bodegas francesas, Chandon foi a primeira grande que se instalou aqui. Os franceses encontraram aqui a liberdade de inovar e desenvolver estilos diferentes.
Em Mendoza 3% das terras pertencem a estrangeiros. Ali se instalaram as bodegas holandesa Salentein (2.000 hectares, dos quais 340 possui vinhedos, em Los Árboles, Tunuyán), as francesas de Clos de los Siete (847 hectares em Vista Flores, Tunuyán), a espanhola O Fournier (286 hectares, em La Consulta, San Carlos) e  J&F Lurton (300 hectares em Vista Flores), entre outras, segundo os dados consignados do livro “Vinos de Argentina” do enólogo Michel Rolland e o jornalista Enrique Chrabolowsky. E também os italianos Benetton que possuem 900.000 hectares na Patagonia e o americano Douglas Tompkins, dono de grande parte de los Esteros. 




13 de set. de 2011

Vinhos e amigos brasileiros...


Nesse feriado da semana da pátria tive o privilégio de receber amigos em casa, dois amigos queridos. É claro que indiquei vinhos em nossos jantares! E o que eles mais gostaram foi o Tomero malbec, Bodega Vistalba. È um vinho fresco, moderno e saboroso.



8 de set. de 2011

Padrillos Malbec


Mais uma boa opção de malbec (Lujan de Cuyo – Mendoza) selecionado por Ernesto Catena, a um preço bom: aqui 45,00 pesos. 

31 de ago. de 2011

Tempus Alba Merlot 2005


Como estudante de sommelier provo vinho todos os dias, e apesar de saber que tenho muito que provar e muito que aprender as vezes me surpreendo com alguns vinhos. Hoje fui a uma degustação de Tempus, de vinhedos e bodega Tempus Alba. O cabernet sauvignon 100% delicado, o que normalmente não é um adjetivo para essa variedade. Mas o Merlot surpreendentemente delicioso, diferente, único. Detalhe: videiras com mais de 40 anos e tem no Brasil.

30 de ago. de 2011

Um pouco de poesia....


Vinho

Saborear a vida
como se degusta a uma taça de vinho
Dando tempo ao tempo
Para que o paladar reconheça as propriedades de cada uva
Sentir o aroma
A densidade encorpada em cada gole
E o caminho tênue e marcante com que chega ao retrogosto
Saber apreciar o novo e o velho, cada um com as suas qualidades
Discernir com o tempo que o seco traduz sutileza
E perceber que existe transformação,
que é preciso cuidar
quanto mais acolhedor o ambiente mais agradável será o sabor
Saborear com os sentidos
E descobrir na moderação
A beleza do equilíbrio
A doce possibilidade de explorar
de aprender constantemente
saboreando.

por Rose David

Cuvelier Los Andes Gran Malbec 2005



Clássico, muito bom para harmonização (o que aquí chamam de marinage), saboroso, mas tem que acompanhar um prato de preferencia carnes bem temperadas. O melhor é que tem no Brasil!

29 de ago. de 2011

Criatividade na etiqueta!



Sur de Los Andes - Bonarda


Bonarda é uma variedade tinta, pouco consumida e por consequência são poucos no mercado. Esse é muito bom, conserva a tipicidade da variedade ao mesmo tempo é suave e deixa-se tomar. 100% bonarda 2008.

28 de ago. de 2011

Rosé – Como são feitos?


Bom, ao contrário que muitas pessoas pensam o rosé não é vinho branco misturado com vinho tinto. O rosé pode ser feito de duas maneiras:
Primeira- pode ser feito “pensado”: quer dizer são uvas tintas que são colhidas antes da maduração completa para manter a acidez alta, são deixados em contato com a casca, sementes, etc. (o que chamam de mosto aqui) por mais ou menos 12 horas (os tintos chegam a 28 dias), e depois o processo é o mesmo do vinho branco.
Segunda- subproduto do tinto. A uva é colhida com a maduração apropriada para fazer vinho tinto e depois de 12 horas é tirada a quantidade desejada (que se chama sangria), nesse processo tem que corrigir a acidez para que o vinho rosé seja fresco.
Como saber qual processo passou o vinho rosé que você está comprando? Simples: se o teor alcoólico se for até 13 % é um rosé “pensado”, mais de 13,5 já é subproduto. Sempre é bom ler a etiqueta!!

25 de ago. de 2011

Porque cheirar e girar o vinho?


Ver os enólogos ou experts provando uma série de vinhos é curioso: seguram a taça pela base, inclinam e olham fixamente; depois giram e cheiram, tomam um pequeno gole e aspiram - fazendo um barulho que lembra os avós tomando sopa - movem a taça novamente, cheiram e outro gole – essa vez parecem que estão fazendo um bochecho - cospem. E fazem tudo isso em total silencio e concentração. Apesar de parecer estranho tem motivo todo esse “ritual”. É na realidade uma metodologia, o expert utiliza os sentidos ao ver, cheirar, provar e resumir a experiência além de seu cérebro e mais eles treinaram seus sentidos.
Quando olham, inclinam a taça para observa a cor, o brilho e a limpidez que seria os primeiros indícios da sanidade do vinho. A primeira aspirada é do vinho ainda em redução, pense que ele (o vinho) está preso na garrafa há algum tempo, as vezes muitos anos; ele precisa de ar! Move-se a taça para que ao entrar em contato com o oxigênio, os aromas que estão presos no líquido soltem-se, facilitando sua percepção. Ao girar o vinho, você está ampliando a superfície e propiciando maior evaporação do álcool e dos aromas voláteis. A evaporação expande os aromas no ar onde seu nariz pode capta-los. Como os aromas representam 75% do caráter e da qualidade de um vinho aprimorar seu olfato é essencial.
São dois os objetivos ao girar e movimentar o vinho na sua boca. Primeiro, leva o vinho ao contato com as papilas gustativas que estão dispersas na língua, no palato e na garganta. Segundo, movimentar o vinho em sua boca é semelhante a girar o vinho na taça, a evaporação leva os aromas à passagem nasal que conecta seu nariz com a boca. Os sentidos colhidos através da boca são sabores e os que entram na passagem retronasal são aromas. Eles cospem o vinho, porque provavelmente provarão vários e se engolirem vão ficar embriagados perdendo assim a sensibilidade e objetividade. O silencio é essencial, pois os comentários alheios influenciam as percepções, se alguém diz que sente café inconscientemente você vai sentir também. Experimente!

Altos Las Hormigas


É um vinho fácil de tomar, sua característica para mim fica no meio do caminho entre malbec moderno e clássico, agradável e relação custo-qualidade ótimo. Tem no Brasil e aqui está em muitos bons restaurantes.

24 de ago. de 2011

Calypso 2009


Chamou-me atenção o nome: impossível não lembrar da banda... Calypso Malbec, Bodega Monteviejo, 10 meses de Carvalho francés, 100% malbec. Tem a tipicidade do clássico malbec, delicioso!

Lugar acolhedor


Antes de ler esse post é importante você saber que eu não recebo absolutamente nada nem por os vinhos que posto e nem por lugares onde comprar, a minha intenção é que quem gosta de vinhos tenha uma opinião ou dica de vinhos que provei e gostei e lugares onde comprá-los. Outro ponto importante é que os preços são daqui, não sei quanto custa no Brasil, quando tiver essa informação colocarei em reais.
Aqui um lugar legal e aconchegante para provar vinhos e comprar a preços bons é a “1912” é uma vinoteca, bar de vinhos e aperitivos gourmert, além de degustações e jantares gourmet, o atendimento é personalizado, normalmente por Marcela, uma sommelier muito simpática além de entender muito de vinhos. Quando vier a Buenos Aires passe por lá: Boulevard Chenault, 1912 – Las Cañitas tel: 00XX541147754369.
www.winespirit.com.ar

23 de ago. de 2011

Amalaya 2009


Sempre uma boa opção para compartilhar, esse blend do Vale Calchaqui. Na etiqueta diz “a espera de um milagre” que é o significado do símbolo holístico, o bom é que os vinhedos são cultivados com método agrícola sustentável. Vale a pena provar!

22 de ago. de 2011

Simples prazer!


A maioria das pessoas tem um passatempo ou apenas interesses em algumas coisas sem obrigações nem compromisso: por prazer! Pode ser um esporte, cozinha, jardinagem, qualquer coisa que desperte em você uma sensação boa. Essas coisas que você gosta não são vitais, mas fazem a vida mais divertida. É isso que acontece com os vinhos começa pelo prazer de beber, depois vem um interesse um pouquinho maior em qual variedade, por exemplo, que te a querer saber de qual país, que ano, e aí já começa a fase do entendimento e a procura por pessoas ou grupos com os quais há muita troca de informações sem falar no prazer de compartilhar e comentar um vinho. Mas não precisa saber termos técnicos, o mais importante é estimular seus sentidos!

19 de ago. de 2011

Aconquija - Alberto Furque


A proposta dessa bodega é produzir vinhos sem a filtragem que usualmente são submetidos os vinhos tintos produzem neles uma sensível perda de intensidade, tanto de cor como dos aromas e sabores que naturalmente possuem. É importante advertir que isto pode produzir sedimentos na garrafa, motivo pelo qual eles recomendam servir a última dose com cuidado para evitar os sedimentos na taça. São vinhos mais encorpados justamente pela falta de filtragem o que os torna diferentes, o mais interessante para mim foi um Syrah 2003, segundo a sommelier Maria Fernanda Di Tomaso em breve vai estar disponível no Brasil.

Vinhos: entendendo um pouquinho de variedades


Há muitas maneiras de entrar nesse mundo que aqui chamam de “caminho sem volta” por ser muito amplio e apaixonante. Às vezes descobrimos com uma viajem (como a Tia Neuzinha que foi ao Chile), outros por que conheceu alguém que gostava (aconteceu comigo), outros principalmente descendentes de italianos cresceram vendo os avós, pais, tios tomando vinho e outros simplesmente por curiosidade.
O interessante dessa bebida é que se “aprende a gostar” à medida que se vai provando e entendendo, pode ser porque seu teor alcoólico é baixo. Mas adianto que quanto mais provo e aprendo sei que menos sei!
Bom, você já deve ter visto escrito nas etiquetas: cabernet sauvignon, syrah, merlot, pinot noir, malbec, etc... esses são os nomes das variedades de uva, assim como tem laranja lima, laranja pera, laranja baiana, etc. cada uma com sua própria características umas mais doces, outras mais ácidas; o mesmo acontece com as uvas, e todos esses nomes pomposos e difíceis são simplesmente porque a origem das variedades na maioria das vezes é francesa, mas tem as italianas, espanholas, alemãs.
Um exemplo: se você quer tomar um suco de laranja leve pouco ácido e docinho provavelmente vai fazer um suco de laranja lima, mas se você quer um suco forte mais ácido vai fazer de laranja pera, o que muda é que o vinho é mais complexo e com mais variedades. Quer um vinho ligeiro, suave provavelmente um pinot noir é o que você procura, quer algo mais encorpado com sabores mais fortes um cabernet sauvignon seria sua opção.
Prove, deguste, escolha!

15 de ago. de 2011

Algodon 2008

           Esse é outro vinho que comprei pela etiqueta e assim como o nome é um vinho gostoso , fácil de tomar, sem muita complexidade 65% de cabernet Sauvignon e 35% Syrah, perfeito para uma carne assada. Aqui 47,00 pesos.

E esse tal de tanino?


Taninos são polifenóis, elementos químicos de origem natural que são encontrados principalmente nos vinhos tintos, nos brancos em uma quantidade muito pequena, estão nas cascas, sementes e engaços. Os taninos são os responsáveis por trazer à boca a sensação de boca seca ou boca amarrada. Tem um sabor adstringente. Isso porque eles têm um potente efeito antioxidante e uma ação.  Quase todas as frutas e verduras contém tanino principalmente as de cor escura como cereja, espinafre, romã, morango, assim como chás e café. Para saber exatamente esse “sabor adstringente” experimente morder a semente da uva são os taninos verdes do vinho.

12 de ago. de 2011

Geografia e olfato - Uma historinha!


Consta, que certa noite, muitos anos atrás, um homem entrou com a namorada no restaurante Lucas Carton, em Paris, e pediu uma garrafa de Mouton Rothschild, safra de 1928. O sommelier, em vez de trazer a garrafa para mostrar ao cliente, traz o decanter de cristal cheio de vinho e, depois de uma mesura, serve um pouco no cálice para o cliente provar.
O cliente, lentamente, leva o cálice ao nariz para sentir os aromas, fecha os olhos e cheira o vinho. Inesperadamente, franze a testa e, com expressão muito irritada, pousa o copo na mesa, comentando rispidamente:
-Isso aqui não é um Mouton de 1928!!!
O sommelier assegura-lhe que é. O cliente insiste que não é.
Estabelece-se uma discussão e, rapidamente, cerca de 20 pessoas rodeiam a mesa, incluindo o chef de cuisine e o gerente do hotel que tentam convencer o intransigente consumidor de que o vinho é mesmo um Mouton de 1928.
De repente, alguém resolve perguntar-lhe como sabe, com tanta certeza, que aquele vinho não é um Mouton de 1928.
- O meu nome é Phillippe de Rothschild e fui eu que fiz esse vinho, diz o cliente, modestamente.
Consternação geral. O sommelier, então, de cabeça baixa, dá um passo à frente, tosse, pigarreia, bagas de suor escorrem da testa e, por fim, admite que serviu na garrafa de decantação um Clerc Milon de 1928, mas explica seus motivos:
- Desculpe, mas não consegui suportar a idéia de servir a nossa última garrafa de Mouton 1928.
De qualquer forma, a diferença é irrelevante. O senhor também é proprietário dos vinhedos de Clerc Milon, que ficam na mesma aldeia do Mouton. O solo é o mesmo, a vindima é feita na mesma época, a poda é a mesma, e o esmagamento das uvas se faz na mesma ocasião, o mosto resultante vai para barris absolutamente idênticos.
Ambos os vinhos são engarrafados ao mesmo tempo. Pode-se afirmar que os vinhos são iguais, apenas com uma pequeníssima diferença geográfica.
Rothschild então, com a discrição que sempre foi a sua marca, puxa o sommelier pelo braço e murmura-lhe ao ouvido:
- Quando voltar para casa esta noite, peça à sua namorada para se despir completamente. Escolha duas regiões muito próximas do corpo dela e faça um teste de olfato. Você perceberá a diferença que pode haver numa pequeníssima diferença geográfica!!!

11 de ago. de 2011

Animal


Ontem participei de uma degustação de Animal de Ernesto Catena, provamos um Pinot Noir, um Malbec, um Syrah, um espumante branco e um espumante rosado. O Syrah 2007 esta no momento exato de toma-lo, muito bom e o espumante branco foi surpreendente em sabor. 

Dicas simples de degustação II


“Sinto aqui aromas de jasmim, terra molhada, couro e frutas vermelhas”! Alguma vez você já ouviu alguém falando dessa forma, e pensou aonde sente tudo isso se eu só sinto cheiro a vinho? E você pode se perguntar: Existe tudo isso de aroma mesmo dentro de um vinho? Como esses aromas vão parar lá? São adicionados aromas na hora de fazer o vinho? Em primeiro lugar, é importante saber que na produção do vinho, nenhum aroma é adicionado. É só a uva que faz tudo isso mesmo.
O que acontece é que as parreiras (a árvore que produz as uvas) são muito delicadas e durante o seu crescimento e desenvolvimento, elas absorvem as características organolépticas (cor, sabor, textura, brilho e odor) tanto do solo onde estão sendo cultivadas, quanto do vento que passa por lá. Além disso, alguns tipos de vinhos passam algum tempo guardados em barris de madeira (em geral, feitos de carvalho), que é tostada por dentro, para que possa agüentar a guarda do vinho por anos, sem inchar e estourar. Isso também agrega alguns aromas para o vinho.
O que encontramos nos vinhos são compostos de características dos alimentos/produtos que fazemos referência. Ou seja, quando falamos que o vinho tem um aroma de ameixa, queremos dizer que o aroma do vinho lembra o aroma da ameixa. E por aí vai.
E não é difícil encontrar pessoas que ao sentir o aroma de um vinho relatem dezenas de referências e outra, ao lado, que só consiga sentir um ou dois aromas. Isso acontece simplesmente por conta de sua memória olfativa. Quem viveu, por exemplo, na roça, cercado de frutas, flores e animais o tempo todo, vai provavelmente conseguir identificar mais aromas do que outro, que só viveu na cidade grande e que, por exemplo, só tinha contato com flores esporadicamente.
Mas o mais importante é saber que tudo isso é treino. E para treinar, só é necessário que se preste atenção ao vinho que está sendo degustado e tentar lembrar-se das flores, frutas, grãos que encontramos na natureza. Isso já é um ótimo treino inicial.

9 de ago. de 2011

Dicas simples de degustação I


Qualquer indivíduo pode, e deve, aprender a degustar um vinho. Basta que tenha todos os seus sentidos funcionando e prestar atenção aos estímulos que o vinho provoca.
Degustar vinho consiste em apreciar e decodificar a maior quantidade possível de sensações que esta bebida é capaz de nos causar. É importante levar em conta que o vinho deve ser degustado, desfrutado, compartilhado.
Desvendar os mistérios do vinho como um jogo se torna divertido, a degustação nos permitirá refletir sobre os vinhos, conhecê-los melhor, e mais do que tudo, conhecer a nós mesmos. Porque todas as fases da degustação nos revelam verdades sobre o vinho e junto desenvolver nossos sentidos e assim nos conhecermos melhor.
Sentir os aromas, perceber se são bons, o que te lembram, normalmente coisas que você tem mais contato como por exemplo: café, chocolate, algumas frutas (você sempre vai reconhecer os aromas que lhe são mais próximos – quem nunca cheirou cavalo molhado, jamais vai sentir esse cheiro no vinho), cada um tem sua sensibilidade e suas lembranças. A dica é: memorize os aromas para depois reconhecê-los nos vinhos!

8 de ago. de 2011

Diamandes Gran Reserva 2008


É um blend: 70 % Malbec | 30 % Cabernet Sauvignon. Tem um grande trabalho manual. Um conceito de vinificação de gravidade global y em pequenos tanques de aço inoxidável. Com grande intensidade colorante, corpulento, muito aromático, acidez bem integrada e com taninos bem marcados o que sugere um largo potencial de guarda. Custo 150,00 pesos.

Clos de Los Siete 2008


Blend de Malbec(48%), Merlot(28%), Cabernet Sauvignon(12%) e Syrah(12%). Vinho robusto, de cor intensa, aroma que demora um pouco em abrir em frutas negras com tempero de baunilha do carvalho francês. Em boca tem estrutura, potência, taninos redondos e final de boca amadeirada.

6 de ago. de 2011

Temperatura de degustação


A Temperatura dos vinhos, por mais que pareça frescura muda o sabor do vinho, fomos acostumados a tomar vinho tinto em temperatura ambiente porque antigamente não tinha geladeiras, adegas, e também porque na Europa faz muito mais frio. Mas com a evolução da enologia sabe-se hoje que as temperaturas ideais para degustação do vinho são (é claro que há exceções):
Vinhos tintos - 17 a 18 °C
Vinho do Porto Vintage - 16 °C
Vinhos tintos novos e os verdes - 12 a 14 °C
Vinhos da Madeira e Porto comuns - 12 °C
Vinhos brancos incluindo da Madeira e Porto - 10 a 11 °C
Vinhos Rosé - 10 °C
Vinhos brancos novos - 8 a 10 °C

BRINDE



O brinde só se popularizou no século XVI, na Inglaterra. Em inglês, o termo significa "toast" (torrada), que vem do hábito de colocar pão torrado num cálice. Ao beber à saúde de alguém, era preciso beber todo o vinho para então alcançar a torrada embebida.
Mas existem inúmeras explicações para a prática do brinde. Uma delas diz que o brinde é o costume de bater levemente os copos uns nos outros antes de beber. Diz a lenda que essa prática começou para "misturar" o conteúdo dos copos antes de bebê-lo. Se algum deles estiver com veneno, ele seria diluído nos demais copos e seus efeitos diminuídos.
Hoje em dia essa questão é muito mais prosaica. O brinde é usado na celebração e em grandes acontecimentos em que o contato com os copos indica o desejo de união, paz e alegria entre os presentes. O brinde evoluiu a ponto de não se limitar apenas ao toque das taças. Diz-se que o brinde é uma oportunidade de realçar e reunir os cinco sentidos humanos nos do vinho:
O olfato: representado pelo aroma
O paladar: representado pelo sabor
O tato: representada pela temperatura
A visão: representada pelas cores
A audição: o som do toque das taças já que não há a possibilidade de "ouvi-lo".

5 de ago. de 2011

Vino L'argentin De Malartic Rose 2009

        Pessoalmente não sou fã de vinhos rosé, este provei em uma degustação da Bodega Diamandes (que faz parte de Clos de los Siete), e adorei!
        É um rosado de 90% malbec e 10% Cabernet Sauvignon, frutado, com acidez correta, leve e delicioso, vale a pena, diria que é um vinho para mulheres por ser delicado. Custa em torno de 35,00 pesos.

4 de ago. de 2011

Cheirar tudo

          O vinho aguça os sentidos começando pelo olfato, eles não são aromatizados artificialmente como muitas pessoas pensam, os olores vem da variedade da uva, do carvalho dos barris: se for frances vai ter cheiro de chocolate, café e se for americano a baunilha.
          Primeiro se cheira a taça sem mover, o que chamam de primeiro nariz, depois se move a taça lentamente para "abrir" ou melhor soltar os aromas mais voláteis, voltar a cheirar.
          Definir os aromas é básicamente relacionar com outros já conhecidos, então meu conselho é: cheire tudo, as frutas, o leite, madeiras, flores, ervas aromáticas, temperos e memorize esses aromas, depois com certeza vai encontrar nos vinhos.

Etiquetas chamativas



 "Catalpa" (Bodega Atamisque) da região La Consulta, Mendoza,100% Malbec Foi um vinho que comprei pela etiqueta, cada variedade tem a cor das folhas da arvores diferentes das outras e a capsula da cor das folhas. Surpreendente delicioso, perfeito para um filet ao molho de pimenta. Preço em torno de 60,00 pesos argentinos

3 de ago. de 2011

Um pouquinho sobre vinho...

         Só posso relatar minha própria experiencia, não gostava de vinhos, principalmente os tintos, hoje sei que realmente não sabia apreciar-los.
        Se voce pensar que o vinho é a única bebida que tem faculdae (enologia), profissionais (enólogos), história e até deuses (Baco) vai chegar a conclusão que algum motivo deve ter....
       Uma garrafa de vinho para chegar até as prateleiras leva no mínimo 2 anos (os que não passam por madeira), e isso por si só já tem valor. É um assunto complexo, com muitos mitos, e penso que o maior deles é "o vinho quanto mais velho melhor" pura mentira, hoje em dia os vinhos são feitos para consumo rápido, são os vinhos chamados jóvens, outros mais elaborados tem um tempo de guarda que normalmente está especificado na garrafa ou é lançado ao mercado no tempo certo para consumir-lo.

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Assim como algumas músicas, alguns vinhos trazem lembranças boas ou ruins, normalmente pelo momento que escutamos no caso da música e quando tomamos no caso do vinho.
Um vinho que sempre me traz boas lembranças é o "FESTIVO"  2009, Tinto,100% Malbec , Bodega Monteviejo, Vista Flores, Mendoza, Argentina . Servir entre 16º-18ºC. 
è um vinho jovem, fresco e frutado, simples e agradável, fácil de beber e aqui custa em torno de 37,00 pesos argentinos.