13 de out. de 2011

Por que tantos modelos de taças???


Assim como tem uma imensa variedade de vinhos, também tem um montão de tipos de taças. Frescura? Não! É técnica desenvolvida através de estudo, as taças foram desenvolvidas para conduzir o vinho para a boca e o nariz de maneira a realçar os aromas e sabores, atenuar ou exaltar as características do mesmo, o que influencia no resultado. Mais ou menos como a roupa valoriza (ou não) o corpo. Uma boa idéia é tomar o mesmo vinho em taças diferentes.
Como cada vinho possui características únicas dependendo da variedade, região, cor, maduração, etc. os expertos dizem que é necessário ter uma taça para cada tipo. A marca austríaca Riedel, por exemplo, possui cerca de 400 tipos e tamanhos de taças, uma para cada espécie de uva e/ou região do mundo. Para entender um pouquinho melhor de uma olhada no esquema das papilas gustativas:





     ESPUMANTES:


Há as taças específicas para vinhos espumantes, por exemplo, que são chamadas de "flautas", cujo bojo é fino e comprido - para que você possa apreciar as borbulhas subindo e também que o líquido vá primeiro para a ponta da língua, onde estão as papilas gustativas que sentem o doce. Como uma das características dos espumantes é a acidez, a aba (boca) da taça é estreita para que você sinta primeiro o doce e depois a acidez. Outro motivo é que os aromas dos espumantes são frutados, os mais voláteis, mais um motivo para a taça ser estreita e comprida; para que você sinta por mais tempo o aroma!


Mas também há taças de espumantes mais ou menos como as de Martini, que nossas mães ou avós tinham para tomar ponche, essas tem a aba bem grande que são para espumantes doces, que vai passar exatamente o contrário da flauta, você vai sentir primeiro a acidez assim o doce não fica enjoativo.



TINTOS:  


O vinho tinto precisa de espaço para respirar, pense que ele ficou “preso” na garrafa no mínimo um ano; e tem aromas e sabores muito intensos. Por isso, a taça tem corpo grande, fazendo com que se libere toda a sua potência. O formato também é ideal para que você possa mover a taça sem derramar o vinho, oxigenando e liberando assim todos os aromas. Por esse motivo, também é importante lembrar que ela deve apenas ser preenchida até um terço de sua capacidade. Existem dois tipos comuns de recipientes de vinho tinto: Bordeaux e Borgonha, taças batizadas com esses nomes por causa das famosas regiões produtoras da França.
As taças Bordeaux foram feitas para abrigar vinhos mais encorpados e ricos em tanino, feitos principalmente a partir da uva Cabernet Sauvignon. Elas possuem o bojo grande, mas têm a borda mais fechada para evitar a dispersão de aromas, concentrando- os. A aba fina direciona o vinho para a ponta da língua, permitindo que a untuosidade e os sabores frutados dominem antes que os taninos sejam direcionados para a parte de trás da boca. É indicada para Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Syrah, Tannat, Malbec, entre outras uvas.




Os vinhos da Borgonha são mais complexos e concentrados, produzidos principalmente com a uva Pinot Noir. Portanto, as taças são em formato balão (ou seja, com bojo maior do que as Bordeaux) para que haja mais contato com o ar, o que permite que o buquê se libere mais rapidamente. Este recipiente foi feito para que o vinho explore muito o nariz. O formato direciona o fluxo acima da ponta e do centro da língua, diminuindo a acidez e acentuando as qualidades mais arredondadas e maduras do vinho. Além da Pinot Noir, também é ideal para que sejam apreciados vinhos Rioja tradicional, Barbera Barricato, Amarone, Nebbiolo etc.




BRANCOS:


As taças têm corpo menor do que as para vinho tinto por dois motivos. Primeiro, o vinho branco precisa ser consumido em temperaturas mais baixas e, portanto, em um recipiente menor, que permita menos trocas de calor com o ambiente. Segundo, porque precisa que sejam realçadas as notas de frutas. A aba estreita entrega o fluxo do vinho através das áreas da língua com equilíbrio entre doçura e acidez, crucial para os brancos.


Afinal, o que é necessário para apreciar um vinho corretamente??? É claro que não vamos ter essa imensa quantidade em casa! Se possível tenha uma Bordeaux para tintos, uma para brancos e outra para espumantes, transparentes para poder observar a cor e as borbulhas no caso dos espumantes e de cristal mais fino possível.









5 de out. de 2011

Zuccardi


Essa bodega considerada umas das melhores tem dois vinhos que eu adoro: Q Zuccardi Malbec, que em minha opinião é muito bom e ao mesmo tempo é estranho quando vou comprar ou quando  falam dele, o problema é que o nome da letra “Q” aqui é cu, então para nós brasileiros é muito esquisito pedir: por favor quero um cu malbec!!






O outro vinho que adorei foi o Emma bonarda 2009, delicioso!